segunda-feira, 30 de junho de 2008

Gabriel Vilela

´´- O meu teatro é barroco por nascença, religioso por doença e metáforico e laegórico por excelência...´´

Antônio Gabriel Santana Vilela, nasceu em Minas Gerais em 1958. Diretor, cenógrafo e figurinista, Vilela acredita em um teatro ritualizado e diz que por viver na roça e Dionisio ser um deus agrário o conto com ele foi direto.
Sua tetralidade é barroca e não segue nenhuma forma estilística nas suas montagens. Vilela diz não ter método para o trabalho com o ator, pois para ele essa idéia de que um exige e outro faz é uma situação escolar. Ele se incomoda com a palavra Direção, para Vilela direção é dirigir carro, boi e diz não ser motorista de ator.
Como Eensaiador, Vilela coloca na mesa a proposta, as questões, os objetivos e da liberdade para a criação do ator, para ele o ator tem que ser participativo.
Extremamente exagerado em suas produções, Gabriel tem como fontes para as suas montagens, as liturgias, celebrações, profissões profanas, o imaginário e o circo-tearo. Sua teatralidade é barroca com frequentes apelos ao imaginário. Brinca que o diretor tem que ir embora para o interior, por os pés na terra, tem que perceber mais as coisas.
O espetáculo que o tornou popular foi ´´O Concílio do Amor´´´, apresentado nos porões do Centro Cultural de São Paulo, porém seu mais famoso espetáculo é ´´Romeu & Julieta´´, montada em 1992 juntamente com o grupo Galpão, chegou apresentar no Globo Theatle e Londres.
No espetácululo Romeu & Julieta, Vilela trás a tragédia para o contexto da cultura popular brasileira, buscou músicas e serenatas para compor a trilha sonora e os figurinos foi recriados apartir de velhas roupas de teatro. Usou vários elementos circenses para definir a estética do trabalho e os atores se apresentavam em pernas-de-pau ou caminhavam como se fossem equilibristas sobre a corda banba.
Gabriel montou também o espetáculo ´´A Falecida´´ de Nelson Rodrigues, trazendo para a cenografia um misto de campo de futebol e mesa de sinuca simbolizando a partida que a protagonista Zulmira joga com a vida, sendo o jogo um dos componentes essenciais do contexto dramaturgico.
O atual trabalho do Gabriel Vilela é o espetáculo ´´Salmo 91´´ nesta peça Vilela abre mão do Barroco e apresenta 10 monólogos que contas das vidas vividas dentro do Carandiru.


http://taste.uol.com.br/news/cultura/imagens/popup/cult4_050907.jpg

http://www.grupogalpao.com.br/novosite/port/espetaculos/fotos.php?espetaculo=romeu

http://www.youtube.com/watch?v=YVPigC6i0Y8&feature=related


quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ion Caramitru

Nasceu em 1942, na Romênia. Ator, Diretor e Político. Atuou em peças e em filmes. Dirigiu óperas e musicais, além de peças. Hoje é Presidente da UNITER, o sindicato teatral da Romênia, da qual teve participação na sua fundação, e professor de Interpretação no IATC, mesmo local onde teve formaçao como ator.

Sofreu com a censura do Ministério de Cultura reacionário, envolvendo proibições de encenação de textos, e emigrações forçadas de pessoas do grupo. Todo o repertório dos grupos deveriam ser aprovados pelo Conselho de Cultura e Educação Especial.
Foi membro do Conselho Nacional da Frente de Salvação e Presidente da Comissão Cultural.

“Durante o período totalitário (particularmente o período comunista, mas tivemos outros tipos de totalitarismo antes disso), a nossa vida dupla deu origem a um humor negro fantástico e à resistência. Talvez seja esta a definição do teatro: jogar com os dois lados do ser humano. Tínhamos grande quantidade de piadas antes de 1989, piadas amargas, mas, mesmo assim, muito significativas. ... Às vezes, o teatro era um lugar de culto, às vezes a vanguarda da resistência criava uma linguagem especial, sendo suficientemente arguta para escapar à censura através de metáforas, duplos sentidos e alusões.”

Envolvido em movimentos contra o Comunismo, sempre procurou respostas por essa luta, achando em seu passado onde ele e sua família passaram por momentos muito difíceis, incluindo perda de patrimônio, prisões e morte.

Esse fato, pode vir a repercutir em seu trabalho como diretor, porém no material que eu (Renato) tinha, não havia nada explícito quanto a isso.

Caramitru acredita queo teatro não sobreviverá sem o dinheiro do Estado.

LINKS:

http://www.uniter.ro/ Site da UNITER - o sindicato teatral da Romênia da qual ele é Presidente.
http://br.youtube.com/watch?v=0HIH5Yy5Uto esse é um filme em que ele atuou. Ele aparece na segunda cena, se não me engano, sentado e começa a discutir com o cara.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Giorgio Strehler


Mais conhecido como Giorgino (haha, brincadeirinha)... Giorgio Strehler nasceu em Barcola, na Itália em 14 de agosto de 1921. Se formou como ator na Academia de Filodrammatici e seguiu sua carreira como diretor teatral.
Funda em 1947, junto a Paolo Grassi, o Piccolo Teatro de Milano. Tem estado fortemente unido ao desenvolvimento do teatro político e foi o difusor de Brecht na Itália. O objetivo do Piccolo Teatro era de ser um teatro popular e ideologicamente oposto ao movimento fascista. Inovaram no repertório e estilo de interpretação. Fundou também o Thèâtre de l'Europe em Paris e a União dos Teatros da Europa (16 trabalhos públicos criados na Europa com propósito de ajudá-los no intercâmbio de trabalhos, espetáculos, idéias e expressões, autores, diretores, cenógrafos e atores.
A principal característica de Strehler é a metodologia da atuação com fluidez histórica e contemporânea da função de um texto, tradição e transformação. E suas principais produções foram "Harlequin, o Servo de Dois Mestres" (Goldoni), "Ópera de Três Vinténs" (Brecht), e algumas peças de Pirandello e Chekov.
Foi membro do Senado italiano entre 1987 e 1992 e no plano político-cultural orienta seu trabalho em direção teatral. "Eu sou o que penso e me expresso através da política ou através do diálogo, usando meios diferentes... Estou sempre procurando pelo que é justo, pelo que é verdadeiro, pelo que é poético."
Várias vezes renunciou seu cargo, em protesto pelo apoio fraco do Estado às necessidades artísticas do teatro. Morre repentinamente no trabalho, em 1997, em Lugano.

Wayra Schreiber

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Bia Lessa



Nasceu em 1958 em São Paulo, estudou teatro no Tablado e estreou nos palcos como atriz sob direção de Wolf Maya numa adaptação de Maria Clara Machado. Em 1981 atuou numa peça de Nelson Rodrigues dirigida por Antunes Filho, com quem trabalhou dois anos. Seu primeiro trabalho de direção foi o bem sucedido A Terra dos Meninos Pelados, espetáculo infantil adaptado da obra de Graciliano Ramos.


“Teatro é laboratório onde se pensa o homem. A medicina estuda o corpo e a arte estuda o homem” – Bia Lessa


Seu teatro é carregado de efeitos visuais, destaque para a chuva de papéis picados no seu Ensaio nº. 4 - Os Possesso, baseado na obra de Dostoievski. Para ver fotos de suas produções é só acessar o site www.bialessa.com. Ah! Ela também fez uma belíssima montagem de Orlando de Virginia Woof, que foi bastante elogiada pelos críticos. Bia Lessa trabalha atualmente com cinema, teatro e artes plásticas, tendo em seu currículo inclusive curadorias. Nesse último ramo já causou polêmica e impacto, uma das últimas curadorias que Lessa realizou na Coleção Itaú Contemporâneo - Arte no Brasil 1981-2006, não agradou os artistas, que criticaram a disposição espacial das obras, deitadas no chão ou penduradas no teto. E sobre isso ela explica “Não é uma idéia, é resultado de um contedo, tem a ver com a curadoria. O que é contemporaneidade? Os quadros quebraram com a coisa da natureza morta da parede, viraram instalações e agora podem ser vistos de todos os lados, inclusive do chão”.



"Essa questão de dominar o público não é a questão do artista. É uma questão da sociedade. Ao artista cabe lançar questões. À sociedade cabe responder essas questões. É um diálogo. Se você dominar os dois pólos, acabou o diálogo, o teatro, e começa o mero contar histórias".

http://www.bialessa.com/


Luma Bendini

Ariane Mnouchkine



http://mnouchkine.blogs.liberation.fr/

http://www.theatre-du-soleil.fr/

http://www.arte.tv/fr/art-musique/Chine/Tambours_20sur_20la_20Digue/362192,CmC=362282.html


Ariane Mnouchkine (Boulogne-sur-Seine, 3 de março de 1939) é diretora de teatro e cinema francesa, fundadora do Théâtre du Soleil em Paris (1964), coletivo teatral. É ligada principalmente ao teatro de vanguarda, sua trajetória representa um marco na entrada da mulher num mercado de trabalho majoritariamente masculino.
Sua produções no Théâtre du Soleil são frequentemente encenadas em espaços como ginásios, celeiros, porque Mnouchkine não gosta de estar confinada a palcos tradicionais ou ao palco italiano. Geralmente os seus atores vestem o figurino ou colocam sua maquiagem em frente aos olhos do público. Seu trabalho de produção teatral tem como metodologia o processo colaborativo,. Para ela o diretor teatral já alcançou um grande poder na cena e o objetivo de sua companhia é alcançar um outro patamar, criando uma forma de teatro onde será possível a todos colaborarem sem serem diretores, técnicos, etc.. Ela incorpora múltiplos estilos de teatro em seu trabalho, desde a commedia dell'arte a rituais asiáticos.


1939 - Nasceu na França a 3 de março. Filha de mãe inglesa e pai francês-russo produtor de cinema. Foi educada em Oxford e na Sorbonne.
1961- Dirigiu Gengis Khan para a Associação Teatral dos Estudantes de Paris (ATEP), embrião do Théâtre du Soleil.
1961 a 1963- Viaja para o Oriente recebendo influências do Teatro asiático.
1963 - Volta a Paris, reúne novamente a ATEP, fundando ao Théâtre du Soleil.


domingo, 18 de maio de 2008

Augusto Pinto Boal!


É... este dramaturgo foi importante no teatro brasileiro e em todo o mundo. Desenvolveu uma outra perspectiva para o teatro político, o Teatro do Oprimido, baseado nas idéias do educador Paulo Freire. Antes, trabalhou por bastante tempo com o Teatro de Arena de São Paulo.
Sim! Para ele o teatro não é feito somente de atores e espectadores estáticos. O termo utilizado é esct-ator, já que o público ajuda a construir a peça, tanto no Teatro Fórum, como no Teatro do Invisível e nas outras técnicas.
Qualquer um pode ser ator, todos tem capacidade, independente de classe, gênero e etc. Não existe O artista, O gênio (lembrando Hegel).
Ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2007, ano passado, em virtude de seu trabalho com o Teatro do Oprimido.





Música feita por Chico Buarque em homenagem ao Augusto Boal quando foi exilado na ditadura militar:


MEU CARO AMIGO
Composição: Chico Buarque / Francis Hime


Meu caro amigo me perdoe, por favorSe eu não lhe faço uma visitaMas como agora apareceu um portadorMando notícias nessa fita


Aqui na terra tão jogando futebolTem muito samba, muito choro e rock'n'rollUns dias chove, noutros dias bate solMas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá pretaMuita mutreta pra levar a situaçãoQue a gente vai levando de teimoso e de pirraçaE a gente vai tomando e também sem a cachaçaNinguém segura esse rojão


Meu caro amigo eu não pretendo provocarNem atiçar suas saudadesMas acontece que não posso me furtarA lhe contar as novidades


REFRÃO
Meu caro amigo eu quis até telefonarMas a tarifa não tem graçaEu ando aflito pra fazer você ficarA par de tudo que se passa


REFRÃO


Meu caro amigo eu bem queria lhe escreverMas o correio andou ariscoSe me permitem, vou tentar lhe remeterNotícias frescas nesse disco
REFRÃO
A Marieta (Marieta Severo, que atua na peça "Arena contra Zumbi) manda um beijo para os seusUm beijo na família, na Cecília (sua esposa) e nas criançasO Francis aproveita pra também mandar lembrançasA todo o pessoalAdeus











Cassiana dos Reis Lopes

ADERBAL FREIRE-FILHO


ADERBAL FREIRE-FILHO

Nascido em 8 de maio de 1941, na cidade de Fortaleza – CE. De 1962 a 1966 cursou Direito na Universidade Federal do Ceará. Como diretor foi fundador do Grêmio Dramático Brasileiro em 1973 e do Centro de Construção e Demolição do Espetáculo em 1989.

- Inicia com ator em 1970 na peça “Diário de um louco”; dirige sua primeira peça em 1972 que se chama “O cordão umbilical” e tem seu primeiro sucesso com a direção do monólogo “Apareceu a Margarida” em 1973. Encenou peças dentro de ônibus, dirigiu peças dentro de metrôs. Era considerado um diretor fora dos esquemas comerciais. Participa de festivais e mostras internacionais de teatro no Uruguai e na Colômbia, onde apresenta espetáculos e orienta oficinas de direção. Em 1990 reabre o espaço Centro de Construção e Demolição do Espetáculo. Dirige em 1992 “Tiradentes” onde os atores estão dentro de um ônibus itinerante que tem parada final na Praça Tiradentes – RJ. O ensino é uma atividade paralela na sua trajetória. Cada espetáculo, segundo ele, tem uma linguagem, que é construída em coletividade. Preza pela criação coletiva. Diz que o diretor é invisível no resultado, na concretude, mas não no processo.

www.itaucultural.org.br/.../index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=686 - 28k

www.terra.com.br/istoegente/267/urgente/urgente_07.htm - 14k -

http://br.youtube.com/watch?v=MuhvTJd8Ieg

http://br.youtube.com/watch?v=0zXAc2YWJfE

http://br.youtube.com/results?search_query=aderbal+freire+filho&search_type=&aq=-1&oq=


PRISCILLA MARQUIS PEREIRA

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Eugênio Barba





"As técnicas cotidianas do corpo são em geral caracterizadas pelo principio do esforço mínimo, ou seja, alcançar o rendimento máximo com o mínimo de energia. As técnicas extracotidianas baseiam-se, pelo contrário, no esbanjamento de energia. (...) As técnicas extracotidianas tendem a informação: estas literalmente põem-em-forma o corpo, tonando-o artístico/artificial, porém crível. (...) A vida do ator baseia-se na verdade em uma alteração do equilíbrio."
(BARBA, E. A canoa de papel; Cap. 3)







1936 - Eugênio Barba nesce na Itália
Na Universidade de Oslo, graduou-se em Literatura Francesa e Norueguesa e em História da Religião.
1961 - Estuda direção na Escola Teatral do Estado na Polônia
1962 - Se une a Jerzy Grotowski, no Teatr 13 Rzedow de Opole.
1963 - Seu primeiro encontro com Kathakali, na Índia.
1964 - Em primeiro de outubro cria o Odin Teatret
1979 - Fundou a ISTA (International School of Theatre Anthropology)





Ele dirigiu 23 produçoes e demorou aproximadamente 2 anos na produção de cada uma. É também autor de: Além das Ilhas Flutuantes, A canoa de papel, A terra de cinzas e diamantes, a minha aprendizagem na Polônia e colaborador em conselhos editoriais de revistas acadêmicas, tais como tdr-The Drama Review, Performance Research, New Theatre Quaterly e Teatro e Storia.


Links:
(tem no youtube)

Carol Damião

terça-feira, 13 de maio de 2008

Peter Stein

Peter Stein

Peter Stein é um diretor alemão, nasceu em Berlim.
Trabalhou com o grupo Schaubühne nas décadas de 60 e 70, onde fez um teatro político. Com este grupo ele dirigiu o único teatro independente da Alemanha.
É um diretor igualitário, trata os atores e técnicos da mesma forma. Aqueles que são consagrados no teatro e tratados como deuses (as chamadas estrelas), podem ter certeza de que se forem trabalhar com o Stein, serão tratados da mesma forma como ele trata os atores iniciantes. Para Peter, não há distinção entre aquele que está há anos na estrada e o que começou há pouco.



Acha que o teatro é algo criado em conjunto; ouve e respeita a opinião de todos os participantes da montagem. Não é um diretor autoritário.
Em relação à criação e o processo do ator, Stein não irá impor uma forma para ser seguida à risca, ele irá procurar pensar da mesma forma que o ator está pensando, para que assim, ele consiga ajudá-lo de uma maneira mais direta, simples e confortável.
Peter Stein trabalhou com ópera, mas o que ele realmente gosta é o teatro. Prova disso é que não dirige mais de uma ópera sem que haja, entre elas, o período de uns três anos. Quando trabalha com esta outra expressão artística, sabe que ele não é o principal na construção; ou seja; assim como no teatro, na ópera ele percebe a importância do trabalho em grupo e nunca se coloca como o principal.
Este diretor alemão é fã dos clássicos, sobretudo, de Shakespeare.

http://www.youtube.com/watch?v=eKWduXP4gpE














Laís Valério Gabriel

Antunes Filho

Nascido em São Paulo, 12 de dezembro de 1929, Antunes Filho destacou-se em meio a primeira geração dos encenadores modernos do Brasil. Dirigiu grandes nomes da cena nacional, dirigiu espetaculos marcantes de grandes dramaturgos como Garcia Lorca, Jorge Andrade, Shakespeare, Nelson Rodrigues e Ibsen entre outros. Mas alcançou projeção internacional com a adaptação da obra literária da Mario de Andrade, "Macunaíma" em 1978, espetáculo que fo apresentado em cerca de 20 países.

Ao decorrer do processo de Macunaíma", Antunes Filho passou a sistematizar uma série de recursos técnicos do ator, que havia descoberto com os seus 25 anos de carreira. Inspirado em Stanislavsky e na cultura brasileira do ator.
Seu método é baseado portanto, na ética e no compromisso intelectual e social do ator. Uma serie de pressupostos teórico e envolve exercícios físicos e vocais, visando habilitar o ator a todo estilo de interpretação, capacitando-o a desenvolver qualquer linguagem, estilo ou genêro dramático.

Em 1982, o SescSP, cria o CPT - Centro de Pesquisas Teatral, visando estimular a produção teatral. Entrega sua coordenação e direção a Antunes Filho e abrigando como núcleo principal o Grupo de teatro Macunaíma.

Na década de 1970, Antunes desenvolveu trabalhos na televisão, até o momento que realizou "Macunaíma". Depois decidiu se dedicar exclusivamente ao teatro. Antunes também trabalhou com cinema, com a direção de "Tempo de Espera" (1975).

Antunes está com uma peça em cartaz, "Senhora dos Afogados", texto de Nelson Rodrigues, Teatro SESC Anchieta , Sextas e Sábados às 21h; Domingos às 19h. Até o dia 27/07/2008.

links relacionados: http://www.sescsp.org.br/sesc/hotsites/cpt_novo/index.cfm





Raisa Iargas =D
* a gente eu tenho uma foto com ele, super metida. hauhauah

Denise Stoklos

“Teatro essencial é aquele que o ator é o autor, diretor e coreógrafo de si mesmo. Seus instrumentos são o corpo. Com o corpo ele desenha o espaço, com sua voz ele mostra o afeto do personagem e com seu pensamento, sua memória e sua intuição ele constrói a dramaturgia, isso é, ele une a voz e o pensamento"

Denise Stoklos

A atriz Denise Stoklos é uma paranaense nascida na cidade de Irati que entrou para a história do teatro brasileiro por ter conquistado um dos maiores espaços mundiais, com apresentações no Oriente, em todas as Américas e em toda a Europa, sendo a atriz, diretora e autora que mais representou sua peça pelo mundo . Também é a única brasileira que representa suas peças em inglês, francês, espanhol, ucraniano, russo e alemão. Em 1979 estudou em Londres e produziu seu primeiro solo: “Denise Stoklos – One Woman Show”. Em 1994 foi considerada a melhor atriz pelo festival de Artes de Edimburgo. Em 1993, completando 25 anos de profissão, lança, entre outros volumes, o Teatro Essencial, livro que disserta sobre seu teatro, pensamentos e produções solo. No primeiro semestre do ano 2000 tornou-se professora da Universidade de Nova Iorque para lecionar sobre seu método, Teatro Essencial, na cadeira de Performance Composition do Departamento de Performance Studies, para mestrandos e doutorandos.

O seu trabalho é conhecido como Teatro Essencial, no qual o ator é o autor, diretor e coreógrafo de si mesmo . Seus instrumentos estão contidos no corpo, contrapondo-se à mídia, dispensado a tecnologia. Do corpo saem o gesto, o espaço e o movimento. Da voz saem as palavras, a sonoridade e o canto. Da intuição o ritmo, a emoção e a dramaturgia. Nada mais em cena do que a ambientação cênica para uma presença humana e apenas a solidão assumida pode proporcionar ao seu criador (ator) uma chance de transformação. O ator ou a atriz torna-se a própria mensagem em si e a platéia torna-se “interlocutora do monologo”, pela ausência de efeito, numa encenação solitária que se esvanece no tempo, como a essência da vida . Por isso seu tema sempre será de encontro à natureza humana, tanto na busca pela sua liberdade, quanto à eterna busca pelo amor.


Denise faz um teatro que sempre será político, pois trata de reflexões universais e inadiáveis, e seu público sempre será convidado ao questionamento, reflexão, ação e transformação de sua situação. Essa é a base primordial do essencial, um impacto sensível do teatro daquilo que tem como “sagrado”, o que a faz representar desde a China até Cuba. Um bom exemplo disso é sua peça “Casa” em que há a alusão a crise sócio-cultural do abandono em que submergiu o Brasil no período pós-ditadura militar, destruindo todas as relações de confiança e solidariedade de uma nação. Ou em “M” em que ela desconstrói o tema do amor, junto ao sonho de liberdade humana.

Em suma, o teatro essencial é um teatro feito anarquicamente, com liberdade total para a criação do ator, contrariando as regras e as lógicas. Segundo a própria Denise: “Não tenho hora, tenho espaço. Não trabalho o gesto, trabalho o vazio. Não alimento sentimentalismo, mas compaixão. Não desenho cenas, mas pedaços de dinâmicas planetárias. Não subentendo futuro, mas voracidade de presente. Não sou calma, mas urgente. Não usufruo folga, mas projetos. Não invento temas, descubro-os esperando espaço: minhas peças escrevem-se durante anos (...). Por isso teatro oferece: ao público uma oportunidade superior; ao ator, ao diretor, ao autor, uma oportunidade de disciplina sem regras” .

Entrevista Jô Soares: http://br.youtube.com/watch?v=32FELCU6Z2Q2Q
Site oficial: http://denisestoklos.uol.com.br/



R. P.
Ricardo Philippi

Yukio Ninagawa




Yukio é fáscinado por textos clássicos como os do teatro grego e de Shakespeare. Defente a montagem destes textos em grandiosa encenação para bater de frente com a produção comercial existente, que leva um público em massa ao teatro. Suas produções são criativas e visualmente audaciosas. Foi acusado por jornalistas, na década de 70, de, supostamente, alimentar uma estranha propensão para o exótico. Produz inteligentemente uma mistura das tradições do Oriente e Ocidente. Segundo ele, através dos atores o teatro pode ser feito de maneiras totalmente diferentes. Desenvolve práticas de palco experimentais e desafiadoras.




“... Yukio Ninagawa é um desses diretores teatrais cujas produções sempre se tornam algo como um evento... A marca registrada da direção de Ninagawa é a coreografia espetacular dos seus efeitos no palco – tempestades de neve, cerejeiras em flor, rios, pavões e grandes carruagens voando pelos céus”.
Peter Barnes


*Hitomi Manaka como Lavinia, depois de ter as mãos e a língua cortadas em “Titus Andronicus”, de Shakeapeare, na montagem de 2006.
Daniele Cristyne

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Amir Haddad.
















O mineiro em questão busca a horizontalidade. Trabalhando com essa proposta, juntamente a um teatro ritualístico espera poder tornar tudo parte de tudo. O espectador, público e atores ficam de igual para igual. Segundo Hadad, "deixa de haver a verticalidade do ator, do artista como Deus", é como se essa horizontalidade provocasse um estado de comunhão entre todos os presentes, o prazer seria quase místico.
Na busca por esse horizonte percebeu que pensava ter um discurso libertário , ele tinha um discurso ideológico sobre aquele trabalho coletivo. Percebia que sua palavra era definitiva, era a última e que os atores acabavam perdendo muito de sua capacidade de ação, de predisposição. Durante a ditadura brasileira ele percebia que o governo tirano se sobrepunha sobre a nação. E sem perceber ele produzia o mesma ditadura dentro do seu coletivo de trabalho. Negava violentamente a sociedade onde vivia e pensou em como modificar essa questão. À partir daí ele começa a se questionar sobre essa verticalidade, como ele se colocaria como diretor. Ao invés de se tornar um manipulador daquelas pessoas para chegar a um resultado que ele almejasse , preferiu agir como um estimulador da capacidade criativa dos outros. Tem consciência de que está sempre em processo.Prefere caminhar e correr todos os riscos juntos com os atores por isso estimula uma co-autoria para que os atores carreguem também uma certa responsabilidade, e um certo peso criativo . Por que muitas vezes os atores querem , ideologicamente, ser mandados, ser cafetinados , não querem ter nenhuma opinião sobre o mundo em que vivem, nenhuma reflexão sobre os seus processos criativos.


" Tiver de viver com a angústia e vivo com essa angústia de não saber onde vai dar o meu processo. Pode ser que dê certo, pode ser que não dê. "


" O diretor deixou de ter a função de ser o sopro divino sobre o ator, para que o ator inspirado por ele criasse , e passou a ser um facilitador do trabalho do ator, um demonstrador das estruturas ideológicas que impedem o pleno funcionamento criativo de cada um de nós cidadãos."
















Roger Batista.

Jorge Lavelli






Jorge Lavelli - “O mais hábil mestre de cerimônias no teatro” (Arrabal)













Argentino de nascimento (1931), morando em Paris desde o início dos anos 60.
Primeira encenação em 1963 – aos 32 anos - em Paris.
Função do encenador segundo Lavelli: Construir um conceito total do espetáculo primeiramente sozinho, depois junto com o cenógrafo e depois com os atores.
Montou mais de 80 peças. Dos escritores clássicos aos contemporâneos.
Estabeleceu sua reputação nos anos 60 como um diretor de clássicos modernos simbolistas – não naturalistas, assim como trabalhos mais provocativos de teatrólogos da geração pós-absurdo.
Alguns dramaturgos montados por Lavelli: Arrabal, Copi, Shakespeare, Mozart, Ionesco, Gounod, Debussy, Puccini, Calderón de la Barca, Vincenzo Bellini, Umberto Giordano, Corneille, Lorca, Steven Berkoff, Valle-Incián, Bernhardt, Arthur Schnitzler, Slawonir Mrozek.


O teatro como espetáculo, espaço da celebração, fascinante pela natureza efêmera e única dos eventos no palco.







“O grito como elemento dramático, o ritmo como ponto central de um espetáculo e a maneira de contar a estória; estes ainda são princípios básicos de meu trabalho” (Lavelli).






MARINA NUCCI

MARIA IRENE FORNES

Essa diretora e dramaturga cubana-americana traz para o palco ousadas produções que demostram leveza, clareza e humor. Abriu com suas peças uma nova linguagem de realismo dramático e um estilo de dirigir. Sendo também escritora ela pode concentrar-se na objetividade única dos personagens, focando então no gestual e tom formais, e exigindo movimentos precisos dos atores. Maria Irene tem um senso visual muito forte, e as cenas que monta causam impactos por isso. Ela trabalhou como pintora e desenhista, e tem o apoio de artistas de design em suas produções.

"A minha preocupação quando escrevo,
tem a ver com humanidade"

"Teatrólogos podem ser banidos dos ensaios. Essa é a regra"


"O teatro é uma arte e o que é importante não é que as pessoas se divirtam, mas que o resultado final seja uma arte"


Links:
http://www.mariairenefornes.com/
http://en.wikipedia.org/wiki/Maria_Irene_Fornes







Mariana R. Lenartovicz