segunda-feira, 30 de junho de 2008

Gabriel Vilela

´´- O meu teatro é barroco por nascença, religioso por doença e metáforico e laegórico por excelência...´´

Antônio Gabriel Santana Vilela, nasceu em Minas Gerais em 1958. Diretor, cenógrafo e figurinista, Vilela acredita em um teatro ritualizado e diz que por viver na roça e Dionisio ser um deus agrário o conto com ele foi direto.
Sua tetralidade é barroca e não segue nenhuma forma estilística nas suas montagens. Vilela diz não ter método para o trabalho com o ator, pois para ele essa idéia de que um exige e outro faz é uma situação escolar. Ele se incomoda com a palavra Direção, para Vilela direção é dirigir carro, boi e diz não ser motorista de ator.
Como Eensaiador, Vilela coloca na mesa a proposta, as questões, os objetivos e da liberdade para a criação do ator, para ele o ator tem que ser participativo.
Extremamente exagerado em suas produções, Gabriel tem como fontes para as suas montagens, as liturgias, celebrações, profissões profanas, o imaginário e o circo-tearo. Sua teatralidade é barroca com frequentes apelos ao imaginário. Brinca que o diretor tem que ir embora para o interior, por os pés na terra, tem que perceber mais as coisas.
O espetáculo que o tornou popular foi ´´O Concílio do Amor´´´, apresentado nos porões do Centro Cultural de São Paulo, porém seu mais famoso espetáculo é ´´Romeu & Julieta´´, montada em 1992 juntamente com o grupo Galpão, chegou apresentar no Globo Theatle e Londres.
No espetácululo Romeu & Julieta, Vilela trás a tragédia para o contexto da cultura popular brasileira, buscou músicas e serenatas para compor a trilha sonora e os figurinos foi recriados apartir de velhas roupas de teatro. Usou vários elementos circenses para definir a estética do trabalho e os atores se apresentavam em pernas-de-pau ou caminhavam como se fossem equilibristas sobre a corda banba.
Gabriel montou também o espetáculo ´´A Falecida´´ de Nelson Rodrigues, trazendo para a cenografia um misto de campo de futebol e mesa de sinuca simbolizando a partida que a protagonista Zulmira joga com a vida, sendo o jogo um dos componentes essenciais do contexto dramaturgico.
O atual trabalho do Gabriel Vilela é o espetáculo ´´Salmo 91´´ nesta peça Vilela abre mão do Barroco e apresenta 10 monólogos que contas das vidas vividas dentro do Carandiru.


http://taste.uol.com.br/news/cultura/imagens/popup/cult4_050907.jpg

http://www.grupogalpao.com.br/novosite/port/espetaculos/fotos.php?espetaculo=romeu

http://www.youtube.com/watch?v=YVPigC6i0Y8&feature=related


quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ion Caramitru

Nasceu em 1942, na Romênia. Ator, Diretor e Político. Atuou em peças e em filmes. Dirigiu óperas e musicais, além de peças. Hoje é Presidente da UNITER, o sindicato teatral da Romênia, da qual teve participação na sua fundação, e professor de Interpretação no IATC, mesmo local onde teve formaçao como ator.

Sofreu com a censura do Ministério de Cultura reacionário, envolvendo proibições de encenação de textos, e emigrações forçadas de pessoas do grupo. Todo o repertório dos grupos deveriam ser aprovados pelo Conselho de Cultura e Educação Especial.
Foi membro do Conselho Nacional da Frente de Salvação e Presidente da Comissão Cultural.

“Durante o período totalitário (particularmente o período comunista, mas tivemos outros tipos de totalitarismo antes disso), a nossa vida dupla deu origem a um humor negro fantástico e à resistência. Talvez seja esta a definição do teatro: jogar com os dois lados do ser humano. Tínhamos grande quantidade de piadas antes de 1989, piadas amargas, mas, mesmo assim, muito significativas. ... Às vezes, o teatro era um lugar de culto, às vezes a vanguarda da resistência criava uma linguagem especial, sendo suficientemente arguta para escapar à censura através de metáforas, duplos sentidos e alusões.”

Envolvido em movimentos contra o Comunismo, sempre procurou respostas por essa luta, achando em seu passado onde ele e sua família passaram por momentos muito difíceis, incluindo perda de patrimônio, prisões e morte.

Esse fato, pode vir a repercutir em seu trabalho como diretor, porém no material que eu (Renato) tinha, não havia nada explícito quanto a isso.

Caramitru acredita queo teatro não sobreviverá sem o dinheiro do Estado.

LINKS:

http://www.uniter.ro/ Site da UNITER - o sindicato teatral da Romênia da qual ele é Presidente.
http://br.youtube.com/watch?v=0HIH5Yy5Uto esse é um filme em que ele atuou. Ele aparece na segunda cena, se não me engano, sentado e começa a discutir com o cara.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Giorgio Strehler


Mais conhecido como Giorgino (haha, brincadeirinha)... Giorgio Strehler nasceu em Barcola, na Itália em 14 de agosto de 1921. Se formou como ator na Academia de Filodrammatici e seguiu sua carreira como diretor teatral.
Funda em 1947, junto a Paolo Grassi, o Piccolo Teatro de Milano. Tem estado fortemente unido ao desenvolvimento do teatro político e foi o difusor de Brecht na Itália. O objetivo do Piccolo Teatro era de ser um teatro popular e ideologicamente oposto ao movimento fascista. Inovaram no repertório e estilo de interpretação. Fundou também o Thèâtre de l'Europe em Paris e a União dos Teatros da Europa (16 trabalhos públicos criados na Europa com propósito de ajudá-los no intercâmbio de trabalhos, espetáculos, idéias e expressões, autores, diretores, cenógrafos e atores.
A principal característica de Strehler é a metodologia da atuação com fluidez histórica e contemporânea da função de um texto, tradição e transformação. E suas principais produções foram "Harlequin, o Servo de Dois Mestres" (Goldoni), "Ópera de Três Vinténs" (Brecht), e algumas peças de Pirandello e Chekov.
Foi membro do Senado italiano entre 1987 e 1992 e no plano político-cultural orienta seu trabalho em direção teatral. "Eu sou o que penso e me expresso através da política ou através do diálogo, usando meios diferentes... Estou sempre procurando pelo que é justo, pelo que é verdadeiro, pelo que é poético."
Várias vezes renunciou seu cargo, em protesto pelo apoio fraco do Estado às necessidades artísticas do teatro. Morre repentinamente no trabalho, em 1997, em Lugano.

Wayra Schreiber

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Bia Lessa



Nasceu em 1958 em São Paulo, estudou teatro no Tablado e estreou nos palcos como atriz sob direção de Wolf Maya numa adaptação de Maria Clara Machado. Em 1981 atuou numa peça de Nelson Rodrigues dirigida por Antunes Filho, com quem trabalhou dois anos. Seu primeiro trabalho de direção foi o bem sucedido A Terra dos Meninos Pelados, espetáculo infantil adaptado da obra de Graciliano Ramos.


“Teatro é laboratório onde se pensa o homem. A medicina estuda o corpo e a arte estuda o homem” – Bia Lessa


Seu teatro é carregado de efeitos visuais, destaque para a chuva de papéis picados no seu Ensaio nº. 4 - Os Possesso, baseado na obra de Dostoievski. Para ver fotos de suas produções é só acessar o site www.bialessa.com. Ah! Ela também fez uma belíssima montagem de Orlando de Virginia Woof, que foi bastante elogiada pelos críticos. Bia Lessa trabalha atualmente com cinema, teatro e artes plásticas, tendo em seu currículo inclusive curadorias. Nesse último ramo já causou polêmica e impacto, uma das últimas curadorias que Lessa realizou na Coleção Itaú Contemporâneo - Arte no Brasil 1981-2006, não agradou os artistas, que criticaram a disposição espacial das obras, deitadas no chão ou penduradas no teto. E sobre isso ela explica “Não é uma idéia, é resultado de um contedo, tem a ver com a curadoria. O que é contemporaneidade? Os quadros quebraram com a coisa da natureza morta da parede, viraram instalações e agora podem ser vistos de todos os lados, inclusive do chão”.



"Essa questão de dominar o público não é a questão do artista. É uma questão da sociedade. Ao artista cabe lançar questões. À sociedade cabe responder essas questões. É um diálogo. Se você dominar os dois pólos, acabou o diálogo, o teatro, e começa o mero contar histórias".

http://www.bialessa.com/


Luma Bendini

Ariane Mnouchkine



http://mnouchkine.blogs.liberation.fr/

http://www.theatre-du-soleil.fr/

http://www.arte.tv/fr/art-musique/Chine/Tambours_20sur_20la_20Digue/362192,CmC=362282.html


Ariane Mnouchkine (Boulogne-sur-Seine, 3 de março de 1939) é diretora de teatro e cinema francesa, fundadora do Théâtre du Soleil em Paris (1964), coletivo teatral. É ligada principalmente ao teatro de vanguarda, sua trajetória representa um marco na entrada da mulher num mercado de trabalho majoritariamente masculino.
Sua produções no Théâtre du Soleil são frequentemente encenadas em espaços como ginásios, celeiros, porque Mnouchkine não gosta de estar confinada a palcos tradicionais ou ao palco italiano. Geralmente os seus atores vestem o figurino ou colocam sua maquiagem em frente aos olhos do público. Seu trabalho de produção teatral tem como metodologia o processo colaborativo,. Para ela o diretor teatral já alcançou um grande poder na cena e o objetivo de sua companhia é alcançar um outro patamar, criando uma forma de teatro onde será possível a todos colaborarem sem serem diretores, técnicos, etc.. Ela incorpora múltiplos estilos de teatro em seu trabalho, desde a commedia dell'arte a rituais asiáticos.


1939 - Nasceu na França a 3 de março. Filha de mãe inglesa e pai francês-russo produtor de cinema. Foi educada em Oxford e na Sorbonne.
1961- Dirigiu Gengis Khan para a Associação Teatral dos Estudantes de Paris (ATEP), embrião do Théâtre du Soleil.
1961 a 1963- Viaja para o Oriente recebendo influências do Teatro asiático.
1963 - Volta a Paris, reúne novamente a ATEP, fundando ao Théâtre du Soleil.


domingo, 18 de maio de 2008

Augusto Pinto Boal!


É... este dramaturgo foi importante no teatro brasileiro e em todo o mundo. Desenvolveu uma outra perspectiva para o teatro político, o Teatro do Oprimido, baseado nas idéias do educador Paulo Freire. Antes, trabalhou por bastante tempo com o Teatro de Arena de São Paulo.
Sim! Para ele o teatro não é feito somente de atores e espectadores estáticos. O termo utilizado é esct-ator, já que o público ajuda a construir a peça, tanto no Teatro Fórum, como no Teatro do Invisível e nas outras técnicas.
Qualquer um pode ser ator, todos tem capacidade, independente de classe, gênero e etc. Não existe O artista, O gênio (lembrando Hegel).
Ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2007, ano passado, em virtude de seu trabalho com o Teatro do Oprimido.





Música feita por Chico Buarque em homenagem ao Augusto Boal quando foi exilado na ditadura militar:


MEU CARO AMIGO
Composição: Chico Buarque / Francis Hime


Meu caro amigo me perdoe, por favorSe eu não lhe faço uma visitaMas como agora apareceu um portadorMando notícias nessa fita


Aqui na terra tão jogando futebolTem muito samba, muito choro e rock'n'rollUns dias chove, noutros dias bate solMas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá pretaMuita mutreta pra levar a situaçãoQue a gente vai levando de teimoso e de pirraçaE a gente vai tomando e também sem a cachaçaNinguém segura esse rojão


Meu caro amigo eu não pretendo provocarNem atiçar suas saudadesMas acontece que não posso me furtarA lhe contar as novidades


REFRÃO
Meu caro amigo eu quis até telefonarMas a tarifa não tem graçaEu ando aflito pra fazer você ficarA par de tudo que se passa


REFRÃO


Meu caro amigo eu bem queria lhe escreverMas o correio andou ariscoSe me permitem, vou tentar lhe remeterNotícias frescas nesse disco
REFRÃO
A Marieta (Marieta Severo, que atua na peça "Arena contra Zumbi) manda um beijo para os seusUm beijo na família, na Cecília (sua esposa) e nas criançasO Francis aproveita pra também mandar lembrançasA todo o pessoalAdeus











Cassiana dos Reis Lopes

ADERBAL FREIRE-FILHO


ADERBAL FREIRE-FILHO

Nascido em 8 de maio de 1941, na cidade de Fortaleza – CE. De 1962 a 1966 cursou Direito na Universidade Federal do Ceará. Como diretor foi fundador do Grêmio Dramático Brasileiro em 1973 e do Centro de Construção e Demolição do Espetáculo em 1989.

- Inicia com ator em 1970 na peça “Diário de um louco”; dirige sua primeira peça em 1972 que se chama “O cordão umbilical” e tem seu primeiro sucesso com a direção do monólogo “Apareceu a Margarida” em 1973. Encenou peças dentro de ônibus, dirigiu peças dentro de metrôs. Era considerado um diretor fora dos esquemas comerciais. Participa de festivais e mostras internacionais de teatro no Uruguai e na Colômbia, onde apresenta espetáculos e orienta oficinas de direção. Em 1990 reabre o espaço Centro de Construção e Demolição do Espetáculo. Dirige em 1992 “Tiradentes” onde os atores estão dentro de um ônibus itinerante que tem parada final na Praça Tiradentes – RJ. O ensino é uma atividade paralela na sua trajetória. Cada espetáculo, segundo ele, tem uma linguagem, que é construída em coletividade. Preza pela criação coletiva. Diz que o diretor é invisível no resultado, na concretude, mas não no processo.

www.itaucultural.org.br/.../index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=686 - 28k

www.terra.com.br/istoegente/267/urgente/urgente_07.htm - 14k -

http://br.youtube.com/watch?v=MuhvTJd8Ieg

http://br.youtube.com/watch?v=0zXAc2YWJfE

http://br.youtube.com/results?search_query=aderbal+freire+filho&search_type=&aq=-1&oq=


PRISCILLA MARQUIS PEREIRA